A maior fatia da despesa, correspondente a 82,3% do total (6,2 mil milhões de euros), destina-se ao pagamento de salários e outros encargos com pessoal. Segundo o documento, este acréscimo de 207,4 milhões face a 2025 visa financiar a "valorização das carreiras, da recuperação do tempo de serviço dos professores e da contratação de pessoal docente", com o objetivo de promover a atratividade da carreira e reverter o efeito das aposentações. Para além dos custos com pessoal, o orçamento aloca 390,9 milhões de euros para a aquisição de bens e serviços, incluindo manuais escolares gratuitos e a melhoria da internet nas escolas.

O apoio ao pré-escolar e ao ensino particular e cooperativo também regista um aumento, totalizando 946,7 milhões de euros.

Apesar do aumento global, as reações das estruturas sindicais foram negativas.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) classificou a proposta como um "insulto aos profissionais e às escolas públicas", considerando-a "irrealista, insuficiente e comprometida com lógicas de destruição da escola pública". A Federação Nacional de Educação (FNE) partilha da mesma visão crítica, afirmando que o orçamento "não responde às necessidades urgentes de rejuvenescimento da profissão docente, de estabilidade no emprego e de melhoria efetiva das condições de trabalho nas escolas".

Para os sindicatos, o crescimento orçamental não compensa a erosão acumulada ao longo da última década.