O Ministro da Educação anunciou um concurso para a requalificação de 237 escolas degradadas, com um investimento de 850 milhões de euros. A medida, que faz parte de um plano mais vasto para a década, implicará o fecho temporário de alguns estabelecimentos e a transferência de alunos para monoblocos. O ministro Fernando Alexandre revelou que o concurso será lançado “muito em breve” e que o investimento se insere num plano mais amplo de “mil milhões de euros a realizar até ao final da década”. Um dado relevante é que 40% das escolas a intervencionar situam-se na região de Lisboa, que o ministro descreveu como “uma região com um deficit muito grande de recursos humanos e de infraestruturas”. As obras de requalificação obrigarão, em alguns casos, ao “fecho de escolas” e à colocação de alunos em estruturas temporárias.
O governante justificou esta necessidade, explicando que há escolas sem qualquer intervenção “há 40 ou 50 anos” e que, por isso, a alternativa dos monoblocos pode ser uma melhoria face às condições existentes.
“Será sempre uma situação transitória, mas muitas vezes os monoblocos têm melhores condições do que as salas de aulas onde os alunos estavam”, afirmou. A intenção do Governo é ter “todos os anos, dezenas de escolas a serem recuperadas”, abordando um problema crónico do parque escolar nacional e melhorando as condições de trabalho de professores e alunos.
Em resumoO Governo vai avançar com um plano de grande envergadura para renovar 237 escolas, focando-se especialmente na região de Lisboa. Apesar de implicar perturbações temporárias, como o uso de monoblocos, o investimento é apresentado como essencial para modernizar infraestruturas envelhecidas e melhorar as condições de ensino e aprendizagem.