Esta dualidade evidencia a tensão entre as necessidades urgentes no terreno e as respostas políticas de larga escala.
A Assembleia Municipal de Odemira aprovou por unanimidade uma moção de repúdio contra o “contínuo e inexplicável abandono” da Escola Secundária local, excluída do programa de financiamento europeu do Banco Europeu de Investimento (BEI). A moção, apresentada pelo PS, classifica a decisão como um “ato de profunda injustiça territorial” e acusa o governo de perpetuar um “ciclo de negligência partidária”, recordando que uma obra de renovação já tinha sido cancelada em 2010. A comunidade educativa, apesar de trabalhar em instalações com infiltrações e espaços obsoletos, é elogiada pela sua “resiliência e excelência”. Em resposta à degradação generalizada do parque escolar, o Ministro da Educação, Fernando Alexandre, anunciou o lançamento de um concurso para a requalificação de 237 escolas, num investimento de 850 milhões de euros. O ministro reconheceu que existem escolas sem qualquer intervenção “há 40 ou 50 anos” e admitiu que as obras poderão obrigar ao fecho temporário de alguns estabelecimentos ou à transferência de alunos para monoblocos, que, segundo ele, “muitas vezes têm melhores condições do que as salas de aulas onde os alunos estavam”. Cerca de 40% das escolas a intervencionar situam-se na região de Lisboa.














