O governante esclareceu que nem todos estes horários são completos, sendo que metade corresponde a apenas algumas horas semanais, o que, segundo ele, torna o seu preenchimento “mais difícil”, pois é complicado “contratar alguém para trabalhar tão poucas horas”. Para mitigar o problema, o ministro assegurou que as direções das escolas estão a recorrer ao pagamento de horas extraordinárias aos docentes já em funções, garantindo que, apesar da falta de professores, os “alunos não estejam sem aulas”. Esta solução, no entanto, é vista como temporária e coloca uma pressão adicional sobre os professores existentes, que já lidam com uma elevada carga de trabalho.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) tem vindo a criticar esta perspetiva, argumentando que a falta de um professor titular para cada horário compromete a continuidade pedagógica e a qualidade do ensino. A situação reflete um problema estrutural mais profundo, ligado ao envelhecimento da classe docente, à falta de atratividade da carreira e à dificuldade em colocar professores em regiões com um custo de vida mais elevado, um desafio que as medidas paliativas não resolvem a longo prazo.













