O caso, que teve origem numa denúncia anónima, levanta questões sobre a legalidade dos métodos de protesto e está a gerar um elevado desgaste emocional entre os envolvidos. A investigação, que já levou à audição de vários docentes e assistentes operacionais, centra-se na alegação de que os professores teriam angariado fundos para compensar financeiramente os assistentes que aderissem às paralisações, garantindo assim o encerramento da escola. Segundo as notícias, os pagamentos seriam superiores ao valor de um dia normal de trabalho.

Uma assistente operacional é apontada como o “elo” de ligação, sendo responsável por receber o dinheiro dos professores e distribuí-lo pelos colegas.

As autoridades estão a analisar os plenários do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P.)

para determinar se houve alguma combinação sobre estes pagamentos.

A PJ já inquiriu funcionários atuais e antigos do estabelecimento de ensino.

Fontes ligadas ao processo, citadas pela comunicação social, expressaram a convicção de que a situação “nem levará a lado nenhum, mas está a provocar um desgaste emocional muito grande” nos profissionais visados. O caso remonta às greves que marcaram o ano de 2023, um período de forte contestação no setor da educação, e expõe as tensões e os métodos que podem surgir em contextos de luta laboral prolongada.