Casos recentes demonstram a dupla abordagem ao fenómeno: a resposta reativa a denúncias e a aposta crescente em estratégias de prevenção.

Em Coimbra, a Escola Básica Alice Gouveia tornou-se o foco de uma investigação da PSP após mães de alunos terem denunciado situações recorrentes de “assédio e agressões” contra os seus filhos e outros estudantes. As queixas apontam para um problema persistente que levou os encarregados de educação a exigir uma intervenção, afirmando: “Não podemos calar-nos”. Este caso ilustra a gravidade do problema e a necessidade de uma resposta institucional firme.

Em contraste, várias escolas pelo país adotam uma postura proativa.

Em Ílhavo, o Agrupamento de Escolas implementou um Plano de Prevenção Anti-Bullying que inclui a capacitação de encarregados de educação como “Pais Embaixadores”, envolvendo toda a comunidade na promoção de um ambiente seguro. Noutras localidades, como Linda-a-Velha, a Escola Amélia Rey Colaço promoveu debates sobre o tema, enquanto em Vila Verde, a GNR realizou uma ação de sensibilização na Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV) sobre violência em meio escolar, apelando às vítimas: “Se és vítima, não tenhas medo.

A Guarda pode ajudar-te”.

Estas iniciativas refletem um esforço concertado para educar e capacitar os jovens a reconhecer e combater o bullying e o cyberbullying.