O Ministro da Educação, Fernando Alexandre, defendeu que a escola deve ser a principal promotora do contacto com a cultura, argumentando que uma educação centrada apenas nos manuais escolares é limitada e não cumpre a sua missão. Numa conferência em Ponta Delgada, no âmbito do projeto PDL26 - Capital Portuguesa da Cultura, o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, sublinhou a sua visão para o sistema de ensino, afirmando de forma categórica que "não há educação sem cultura". Para o governante, a educação não pode ser reduzida ao conteúdo dos manuais de disciplinas como Matemática ou Português, pois seria uma "educação muito limitada". A sua intervenção enfatizou que a cultura, nas suas diversas formas, é essencial para a formação do ser humano, pois tem uma "dimensão de identidade, de apuramento e de desenvolvimento dos sentidos".
Nesse sentido, o ministro destacou a importância de integrar as artes no ambiente escolar, referindo que "o contacto com a leitura, a poesia, a música, o teatro ou o cinema dentro da escola é fundamental".
Fernando Alexandre elogiou o trabalho do Plano Nacional das Artes, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Cultura e da Educação, como um veículo para tornar as artes mais acessíveis a todos os alunos.
A sua visão aponta para uma escola que não só transmite conhecimento académico, mas que também cultiva o gosto e a sensibilidade artística, formando cidadãos mais completos. O ministro partilhou ainda um detalhe pessoal para reforçar a sua mensagem, ao dizer que tem sempre a seu lado um livro de poesia, ilustrando o valor que atribui à cultura no quotidiano.
Em resumoA visão do Ministro da Educação para uma maior integração da cultura nas escolas representa uma orientação política clara para um ensino mais humanista e menos focado em conteúdos puramente programáticos. A implementação desta visão dependerá de políticas concretas que garantam o acesso dos alunos a diversas formas de arte, transformando a escola num verdadeiro centro cultural.