Este êxodo está a gerar forte indignação entre os responsáveis das escolas privadas, que se sentem desamparados.
José Luís Nunes, uma das vozes críticas, acusa a Secretaria da Educação de “absorver docentes e desamparar o ensino particular”, questionando a sustentabilidade do seu modelo de negócio ao afirmar: “Não somos nós que vamos ter escolas abertas não rentáveis”. A crítica aponta para uma aparente falta de planeamento por parte do Governo Regional, que, ao abrir vagas no setor público, está a esvaziar os quadros do privado sem acautelar o impacto.
A situação é agravada pelo facto de a Madeira ter perdido um terço dos seus alunos nos últimos 20 anos, o que, paradoxalmente, não se reflete numa menor necessidade de professores, mas sim numa competição mais acirrada por recursos humanos qualificados.
A transferência massiva de docentes coloca em risco a continuidade de projetos pedagógicos no setor privado e evidencia as disparidades de condições entre os dois regimes, com o público a oferecer, aparentemente, maior estabilidade e melhores perspetivas de carreira, atraindo assim os profissionais.













