A seguir ao ISCTE, a Universidade do Minho e a Universidade do Porto registam dívidas de 7,1 milhões e 4,6 milhões de euros, respetivamente. Entre os politécnicos, os de Setúbal e Leiria também apresentam valores significativos, com 1,8 e 1,3 milhões de euros em dívida. As instituições apontam como principais causas para o incumprimento as dificuldades económicas das famílias, os atrasos na atribuição de bolsas de ação social e o peso crescente dos custos com o alojamento, especialmente para os estudantes deslocados. Para fazer face a esta situação, as universidades e politécnicos recuperaram 16,5 milhões de euros no mesmo período e remeteram 3.653 processos para cobrança coerciva através da Autoridade Tributária. O tema ganha especial relevância num momento em que o Governo prevê o descongelamento da propina máxima para o ano letivo de 2026/2027, que deverá subir para 710 euros.

A medida já gerou contestação, com as associações de estudantes a marcarem uma manifestação, argumentando que o aumento agravará as desigualdades no acesso ao ensino superior, num contexto já marcado pela precariedade económica de muitos alunos.