Para além do currículo tradicional, várias escolas em Portugal estão a abraçar projetos inovadores de literacia, focados em áreas como as finanças e os média. Estas iniciativas visam dotar os jovens de competências críticas para o século XXI, desde a gestão responsável do dinheiro à capacidade de identificar desinformação. Em Arcos de Valdevez, a Escola Básica de Távora foi distinguida como “Escola TEF – Território de Educação Financeira” pela Fundação António Cupertino de Miranda, um reconhecimento pelo seu trabalho no projeto “No Poupar Está o Ganho”. A iniciativa, financiada pelo município, promove a literacia financeira junto dos alunos, desenvolvendo competências de gestão responsável. O município destacou o “empenho de professores e alunos na implementação de práticas pedagógicas inovadoras”.
Noutra frente, na região da Bairrada, o Jornal da Bairrada está a levar a cabo o projeto de literacia mediática “JB vai à Escola”.
Direcionado a alunos do 9.º ao 12.º ano, o projeto já realizou cerca de 25 palestras em seis concelhos.
A diretora do jornal, Oriana Pataco, explicou que o objetivo é “sensibilizar os jovens para a desinformação, dotando-os de ferramentas para identificarem ‘fake news’”. A iniciativa aborda também os direitos de autor e o impacto da Inteligência Artificial. Em cada sessão, os alunos são incentivados a tornarem-se “embaixadores da defesa da imprensa e do bom jornalismo”. Ambos os projetos demonstram uma tendência para expandir a missão da escola, preparando os alunos não só academicamente, mas também como cidadãos informados e financeiramente responsáveis.
Em resumoAs escolas portuguesas estão a diversificar a sua oferta educativa com projetos focados em literacia financeira e mediática. Estas iniciativas, desenvolvidas em parceria com entidades locais, preparam os alunos para os desafios do mundo moderno, promovendo o pensamento crítico e a cidadania ativa.