A força de segurança recorda que, embora o bullying não esteja tipificado como crime, os comportamentos associados podem configurar crimes de ofensa à integridade física, injúrias ou ameaças.

Um dos maiores desafios, segundo a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), é o silêncio das vítimas.

A organização alerta que a maioria das crianças e jovens não denuncia os agressores por “receio do que possam vir a pensar e por receio de perderem o acesso às tecnologias digitais”.

Para combater este problema, a OPP lançou um guia para pais e cuidadores com sinais de alerta, como alterações de humor, isolamento e ansiedade, e recomenda o diálogo aberto e a denúncia às autoridades. A PSP também reforçou a sua campanha “Bullying é para os fracos”, intensificando as ações de sensibilização junto da comunidade escolar e divulgando conselhos práticos para pais e educadores.

A gravidade do fenómeno é tal que o investigador Miguel Rodrigues, autor do livro “Violência nas Escolas”, defende uma ação conjunta entre Governo, escolas e famílias para travar o que considera um problema silencioso e devastador.