Este problema estrutural põe em causa a qualidade do ensino e a estabilidade do percurso educativo das crianças.

A situação descrita num dos artigos revela um sistema educativo sob pressão, onde a falta de recursos humanos obriga a soluções de recurso que comprometem a normalidade do funcionamento escolar. A criação de turmas com alunos de vários anos letivos e a sobrecarga dos coordenadores, que têm de assumir a lecionação de outras turmas, são sintomas de uma crise de pessoal que afeta diretamente a aprendizagem. A reação dos pais é um indicador claro da gravidade do problema: alguns ponderam a transição para o ensino privado, procurando uma estabilidade que o sistema público parece não conseguir garantir, enquanto outros consideram organizar-se para lecionar aos seus filhos durante o fim de semana. Esta inquietação parental reflete não apenas uma preocupação com o percurso académico dos seus educandos, mas também uma perda de confiança na capacidade de resposta do sistema.

A falta de professores no 1.º ciclo é um problema crítico, pois afeta a base da formação dos alunos, podendo ter repercussões a longo prazo no seu desenvolvimento e sucesso escolar.