As reivindicações centram-se na valorização das carreiras, melhores salários e condições de trabalho para docentes e não docentes.

A contestação laboral no setor da educação manifestou-se em dois dias distintos, com impactos significativos.

Na quinta-feira, a paralisação foi liderada por sindicatos como o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS) e o Sindicato dos Trabalhadores do Estado (STMO), abrangendo principalmente o pessoal não docente.

As reivindicações incluíam uma atualização salarial intercalar, a criação de um cartão de refeição de 12 euros diários e a criação de uma carreira específica para técnicos auxiliares de educação. A adesão elevada levou ao risco de encerramento de várias escolas, com alguns estabelecimentos a recorrerem ilegalmente a funcionários de associações de pais para substituir os trabalhadores em greve, uma situação denunciada por Helder Sá, do STMO, que a classificou como "ilegal".

Na sexta-feira, a greve geral da Administração Pública, convocada pela Frente Comum, que representa 29 sindicatos, contou com a adesão da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), ampliando o impacto. Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, expressou "expectativas altas" para a adesão, prevendo a "paralisação de serviços em vários setores" e afirmando que o Governo, ao propor aumentos de apenas 2%, está a "comprar conflito social". As principais exigências da Frente Comum são aumentos salariais de 150 euros e a valorização das carreiras, num contexto de forte descontentamento que une docentes e não docentes.