Segundo as denunciantes, o professor “segue nas redes sociais, coloca ‘likes’ (gosto) em fotos privadas, interage com as ‘stories’ (histórias em vídeo partilhadas) e manda mensagens inoportunas”.

As alunas relatam ter comparado mensagens e verificado que o docente enviava “mensagens iguais a seis colegas e no mesmo dia”, descrevendo-se como “cirurgião e professor”, o que consideraram “grave e inoportuno”.

Face à “gravidade das situações relatadas”, o diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, determinou a “suspensão preventiva e imediata do docente” e a abertura dos procedimentos necessários para o “apuramento integral dos factos”. A Reitoria da U.Porto confirmou a receção da queixa.

Por sua vez, o professor em questão nega veementemente as acusações, alegando ser vítima de “roubo de identidade”.

Numa mensagem enviada à Lusa, garante: “nunca assediei ninguém, seja pessoalmente ou através de meios digitais.

(...) Nunca enviei qualquer mensagem e irei apresentar participação às autoridades competentes”.

A FMUP sublinhou que, até à data da queixa, não tinha recebido qualquer denúncia formal ou informal sobre o comportamento do docente e reiterou a sua “total condenação de qualquer forma de assédio”.