A interdição imediata do espaço, por risco para a vida humana, obrigou à transferência de cerca de 200 alunos, destacando a urgência de investimento na manutenção do parque escolar nacional. O Bloco A da escola, composto por monoblocos, foi interditado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil após uma vistoria da Unidade de Saúde Pública ter identificado riscos que poderiam “constituir ameaça à preservação da vida humana”. Esta decisão forçou a deslocalização de doze turmas do 5.º e 6.º anos para a Escola Básica Conceição e Silva por um período de, pelo menos, três semanas. A situação foi agravada pela interdição da cozinha escolar, que necessitava de uma desinfestação para controlo de roedores e insetos. A Câmara Municipal de Almada reconheceu a gravidade da situação e informou que está a adquirir novos monoblocos com caráter de urgência. A autarquia acrescentou que a requalificação total da escola, um investimento previsto de 15 milhões de euros, já tem projeto concluído e candidatura a financiamento submetida. Este caso em Almada não é isolado e reflete um problema mais vasto de degradação de edifícios públicos. Outros relatos apontam para problemas semelhantes, como infiltrações e falta de condições em edifícios judiciais, alguns dos quais partilham espaço ou proximidade com estabelecimentos de ensino, ilustrando uma carência geral de manutenção que afeta diretamente as condições de trabalho e segurança de alunos e professores.