A mobilização, que inclui plenários e manifestações, visa expor o “descontentamento geral dos trabalhadores” face a propostas salariais que consideram insuficientes e baseadas apenas nas atualizações do salário mínimo nacional. A sindicalista Ana Rodrigues sublinhou que é preciso “valorizar estes trabalhadores”, cuja média de idades ronda os 50 a 55 anos e que muitas vezes vivem “abaixo do limiar da pobreza”.

Uma das principais queixas prende-se com a disparidade salarial em relação ao setor público.

Rui Marroni, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, apontou que os enfermeiros nas IPSS enfrentam diferenças salariais na ordem dos 500 euros em comparação com os colegas da função pública, o que leva a uma “grande rotatividade” de profissionais. Pedro Faria, do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social, reforçou que esta diferença afeta todos os técnicos superiores, cujo salário de ingresso nas IPSS é de 1.150 euros, enquanto na administração pública será de 1.610 euros em 2026. A luta abrange um universo de mais de 63 mil instituições em Portugal, que englobam diversas áreas, desde lares a unidades de cuidados continuados e estabelecimentos de ensino.