A decisão surge após a polémica que marcou o início do ano letivo, quando 30 candidatos foram informados da sua admissão, mas viram a sua entrada barrada pelo reitor por não terem atingido a nota mínima na prova. Em setembro, a controvérsia tornou-se pública quando o reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, se recusou a homologar a entrada dos 30 candidatos que não alcançaram a classificação mínima de 14 valores na prova, apesar de terem recebido um email da FMUP a confirmar a sua colocação.

O reitor denunciou ter recebido “pressões de várias pessoas influentes e com acesso ao poder”.

O diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, admitiu em audição parlamentar que houve um “lapso” na comunicação.

Os candidatos afetados, que alegam ter abandonado empregos e investido em novas moradas, interpuseram uma ação em tribunal.

O novo regulamento, que a faculdade espera enviar para homologação ainda em outubro, visa eliminar definitivamente a prova de conhecimentos como critério de seriação.

O reitor já afirmou que não irá “obstaculizar” a alteração, desde que esta cumpra a lei.

A situação levanta um debate sobre os critérios de acesso a um dos cursos mais concorridos do país e a autonomia das faculdades na definição dos seus regulamentos.