A paralisação reflete o profundo descontentamento dos professores e funcionários com as condições salariais e de carreira.

A adesão à greve foi descrita pelos sindicatos como "enorme", com a Frente Comum a estimar uma participação de 90% nos setores da saúde e da educação.

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) corroborou esta avaliação, indicando que a paralisação teve "uma grande expressão", com escolas em que apenas "um ou dois professores" compareceram.

Como resultado, estabelecimentos de ensino em cidades como Lisboa, Viseu, Covilhã, Almada e Sintra permaneceram encerrados.

A greve afetou não só os professores, mas também os assistentes operacionais, cuja ausência comprometeu as condições de segurança e funcionamento das escolas, levando ao encerramento de muitas delas.

As principais reivindicações centram-se no aumento dos salários, na valorização das carreiras, na reposição do vínculo público e na defesa dos serviços públicos.

Os sindicatos acusam o Governo de promover a degradação das condições de trabalho e de desinvestir nos serviços públicos, considerando que a proposta de Orçamento do Estado para 2026 perpetua esta política.

O coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, afirmou que a greve é um sinal claro do descontentamento dos trabalhadores e que o Governo, "se tiver bom senso", perceberá que está a "comprar conflito social".