Simultaneamente, a Fenprof anuncia que o Ministério da Educação reconheceu a fórmula correta para o cálculo das horas extraordinárias, um passo considerado importante na valorização do trabalho docente. Na antecâmara do debate orçamental, o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) apresentou um conjunto de reivindicações para o Orçamento do Estado de 2026, focadas na valorização da carreira. O sindicato pede um “aumento real dos salários” que compense a perda de poder de compra face à inflação e a criação de um “mecanismo excecional” para recuperar as perdas acumuladas nos últimos anos. Além disso, a presidente do SIPE, Júlia Azevedo, considera que “subsiste uma injustiça histórica” relativamente à ADSE, defendendo a descida da taxa de contribuição de 3,5% para 2,5% e que os descontos incidam apenas sobre 12 meses de vencimento, em vez dos atuais 14.
Por outro lado, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) declarou que o Governo reconheceu que o pagamento das horas extraordinárias tem sido mal calculado. A federação alega que o cálculo deve basear-se na componente letiva do horário, conforme estipulado no Estatuto da Carreira Docente, e não na totalidade das 35 horas semanais.
A Fenprof exige agora que o ministério emita “um esclarecimento cabal às escolas para que, de uma vez por todas, se corrija a ilegalidade”, considerando este reconhecimento um passo importante para a justa remuneração do trabalho suplementar dos professores.













