A principal preocupação do sindicato reside na estagnação salarial e na precariedade que caracterizam as carreiras académicas, tornando-as pouco atrativas para novos talentos.

O presidente do SNESup traçou um paralelo direto com a situação já vivida nos outros níveis de ensino, afirmando que o que se passa no básico e secundário "vai demorar muito tempo a recuperar" e que o mesmo cenário se avizinha para o superior se não forem tomadas medidas urgentes.

Este aviso surge num contexto em que a procura por qualificações superiores continua a ser elevada, mas a capacidade de resposta das instituições pode ficar comprometida.

A potencial crise no ensino superior não afetaria apenas a qualidade do ensino, mas também a capacidade de investigação e inovação do país, pilares fundamentais para o desenvolvimento económico e social. O sindicato apela, por isso, a uma intervenção política que dignifique as carreiras e garanta a sustentabilidade do sistema de ensino superior em Portugal, evitando um colapso de recursos humanos a médio prazo.