A tendência é motivada por diversos fatores.

Por um lado, a crescente comunidade de expatriados procura um ensino que siga currículos internacionais. Por outro, um número crescente de pais portugueses vê nestas escolas uma alternativa ao sistema público, que percecionam como estando em declínio de qualidade, e uma forma de dar aos filhos "um passaporte para irem daqui para fora", como refere um dos artigos. Este mercado em expansão, com propinas que podem atingir os 20 mil euros anuais, atraiu grandes grupos internacionais de educação, que veem em Portugal um terreno fértil para investir.

No entanto, este crescimento não está isento de desafios regulatórios, como demonstra o recente encerramento compulsivo da Escola Internacional de Aljezur por falta de licenciamento adequado. Este caso evidencia a importância de uma fiscalização rigorosa por parte do Ministério da Educação para garantir que todos os estabelecimentos cumprem as normas legais.

O fenómeno levanta ainda questões sobre a equidade no acesso à educação e o fosso crescente entre o ensino público e as alternativas privadas de elite.