O Ministério da Educação justificou a decisão afirmando que a escola nunca teve o seu currículo internacional reconhecido e que vinha a ser alertada para a sua situação irregular desde 2022, acusando a instituição de "desobediência". Por sua vez, a diretora da escola contestou a medida, afirmando: "Não somos uma escola clandestina", e atribuiu a situação a uma "falha de comunicação".

A comunidade escolar ficou em choque, com os pais dos 85 alunos afetados a unirem-se para contestar a decisão, considerando avançar para tribunal contra o ministério e apelando a uma "solução imediata para garantir a continuidade letiva". A situação tornou-se uma preocupação para a autarquia de Aljezur.

O presidente da câmara, José Gonçalves, manifestou-se surpreendido e preocupado com o futuro dos alunos, filhos de residentes no concelho.

A integração destes alunos no sistema público afigura-se complicada, uma vez que a escola pública local já enfrenta limitações de espaço, recorrendo a três contentores para acomodar os seus estudantes. O caso levanta questões sobre como foi possível uma escola operar durante uma década e meia sem a devida licença e sobre a responsabilidade da tutela na fiscalização, bem como o impacto súbito de uma decisão administrativa na vida de dezenas de famílias.