A organização sindical criticou a decisão judicial, argumentando que a responsabilidade pelo trágico acidente, causado pela queda de uma baliza amovível, foi injustamente imputada à "parte mais fraca". O caso remonta a um acidente ocorrido no Colégio Conciliar de Maria Imaculada, em Leiria, onde um aluno foi atingido fatalmente por uma baliza que não tinha os contrapesos de segurança necessários. O tribunal considerou que o professor foi negligente ao utilizar o equipamento, apesar de ter conhecimento dos riscos e de ter alertado os alunos para não se pendurarem.

No entanto, a Fenprof contrapõe, afirmando que o docente já tinha solicitado, "pelo menos quatro anos antes do acidente", a instalação dos referidos contrapesos, um alerta que não terá sido atendido pela direção da escola.

Esta informação contextualiza a tragédia de forma diferente, deslocando o foco da responsabilidade do professor para uma possível falha institucional e de manutenção das infraestruturas escolares. A crítica da Fenprof sublinha que, em muitos casos, os professores são confrontados com a falta de condições de segurança e de material adequado, mas são os primeiros a serem responsabilizados quando ocorrem acidentes. A federação argumenta que a decisão de condenar o docente ignora a responsabilidade hierárquica superior na garantia de um ambiente escolar seguro.

Este posicionamento abre um debate mais amplo sobre a segurança nas escolas e a quem cabe a responsabilidade final pela manutenção e adequação dos equipamentos desportivos e outros materiais utilizados nas atividades letivas.