Esta situação evidencia as dificuldades burocráticas que afetam a classe docente.

A questão dos pagamentos em atraso aos professores tornou-se um ponto de fricção significativo, afetando tanto os docentes que acumulam horas extraordinárias para compensar a falta de pessoal como aqueles que foram colocados longe das suas residências e necessitam do apoio à deslocação.

Estas medidas fazem parte do 'Plano Mais Aulas, Mais Sucesso', concebido para mitigar a falta de professores, mas a sua implementação tem sido marcada por entraves burocráticos.

De acordo com os artigos, os diretores escolares aguardavam autorização da tutela para poderem processar estas verbas, o que levou a que, um mês após o anúncio dos apoios, os pagamentos ainda não tivessem sido efetuados. O Ministério da Educação, através do ministro Fernando Alexandre, reconheceu a situação e garantiu que os pagamentos seriam realizados até ao final do ano, com retroativos.

Em declarações posteriores, foi especificado que o apoio à deslocação seria pago ainda em novembro e as horas extraordinárias a partir de dezembro. A tutela está também a rever a forma como as horas extraordinárias são calculadas, o que poderá levar ao pagamento de valores adicionais referentes ao ano letivo 2024/2025.

Este episódio ilustra a desconexão entre a formulação de políticas de apoio aos docentes e a capacidade administrativa do sistema para as executar atempadamente, gerando incerteza e frustração entre os profissionais da educação.