Numa tomada de posição que abrangeu diversas áreas, desde a saúde à mobilidade, o MUSP elegeu as turmas sobrelotadas como uma das situações que necessitam de melhoria urgente. A porta-voz da Comissão de Utentes de Saúde de Vialonga e da Direção Nacional do MUSP, Nélia Ferreira, defendeu que os serviços públicos estão a ser abandonados em favor do setor privado, e a situação nas escolas é um reflexo dessa tendência. A sobrelotação das salas de aula é um fator que compromete significativamente a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, dificultando a atenção individualizada aos alunos e aumentando a carga de trabalho e o stress dos professores. A crítica do movimento de utentes coloca o foco não apenas na perspetiva dos profissionais da educação, mas também na dos cidadãos que dependem da escola pública, reforçando a ideia de que a qualidade da educação é uma preocupação transversal da sociedade. Ao incluir este tema ao lado de outras falhas críticas nos serviços públicos, como o encerramento de urgências, o MUSP sublinha que a educação é um pilar fundamental do Estado Social que se encontra sob pressão.