A paralisação evidencia as dificuldades e o descontentamento dos docentes que trabalham nas escolas portuguesas no estrangeiro.

A greve foi motivada pelo incumprimento do Governo no pagamento de apoios financeiros legalmente estabelecidos, nomeadamente o "apoio à instalação" e as despesas de viagem para os professores recém-contratados, que deveriam ter sido liquidados em setembro.

Os docentes sentem-se lesados e desiludidos com a ausência de suporte por parte do Estado português.

Esta situação expõe as condições precárias e os entraves burocráticos enfrentados pelos educadores que lecionam na rede de escolas portuguesas no exterior. Embora estas instituições sejam cruciais para a promoção da língua e cultura portuguesas, os profissionais que as sustentam deparam-se frequentemente com incertezas e atrasos no recebimento das suas compensações legítimas. A greve constitui um forte sinal de descontentamento e um apelo para que o Governo cumpra as suas obrigações para com estes educadores, cujo trabalho é fundamental para a presença educacional de Portugal no mundo. A falta de pagamento atempado não só cria dificuldades financeiras aos professores, como também afeta o moral e pode comprometer a capacidade da escola para atrair e reter profissionais qualificados no futuro.