O incidente, ocorrido a 30 de outubro, envolveu duas estudantes que trocaram socos e pontapés, enquanto outros alunos filmavam a cena sem intervir para separar a contenda.

A circulação dos vídeos causou alarme entre os pais, alguns dos quais acusaram a escola de tentar ocultar o sucedido.

A direção do externato, no entanto, informou já ter solicitado a intervenção da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e do Ministério Público, optando por não emitir declarações públicas até à conclusão do processo. Este evento traz para a ordem do dia o problema persistente da violência e do bullying em contexto escolar, amplificado pela era digital, onde tais ocorrências são rapidamente gravadas e disseminadas.

O caso evidencia também o desafio que as escolas enfrentam na gestão destas situações, tendo de equilibrar a ação disciplinar com a intervenção pedagógica, ao mesmo tempo que lidam com as preocupações dos pais e o escrutínio público. A falta de intervenção por parte dos colegas que filmavam é um aspeto particularmente inquietante, apontando para uma possível normalização da violência ou um efeito de espectador que necessita de ser abordado no seio da comunidade escolar.