A medida visa combater a rigidez do sistema atual e promover a fixação de estudantes nas suas regiões de origem. O ministro da Educação, Fernando Alexandre, classificou o atual sistema de colocação de estudantes como "super-rígido", argumentando que este impede frequentemente os alunos de frequentarem instituições de ensino nas suas áreas de residência. Segundo o ministro, os estudantes que permanecem perto de casa têm maior probabilidade de sucesso académico do que os colegas deslocados. A alteração proposta permitirá um aumento de até 10% no número de vagas em determinados cursos.

Esta reforma aborda várias questões interligadas: o sucesso dos estudantes, o desenvolvimento regional e a autonomia das instituições de ensino superior.

Ao introduzir maior flexibilidade, o Governo espera reduzir as taxas de abandono escolar associadas ao deslocamento e aos seus custos financeiros e emocionais.

Pretende-se também capacitar as instituições para responderem melhor às necessidades do mercado de trabalho regional e para atraírem e reterem talento localmente. O ministro salientou ainda a necessidade de as instituições diversificarem o seu público, atraindo pessoas ao longo de todo o seu ciclo de vida.

Esta mudança indica uma estratégia mais ampla para tornar o ensino superior mais acessível, adaptável e integrado com as necessidades regionais.