A decisão, que surge após dois chumbos anteriores e com a oposição da Ordem dos Médicos, é vista como uma forma de formar mais médicos e aliviar a pressão sobre outras faculdades.
O mestrado integrado em Medicina na UTAD foi acreditado por um período condicional de dois anos. O curso, desenvolvido em parceria com a unidade local de saúde (ULS), prevê a admissão de 40 alunos por ano, com início previsto para o ano letivo de 2026/27.
No entanto, a aprovação não está isenta de controvérsia.
A Ordem dos Médicos recomendara a não acreditação, apontando "deficiências críticas" na constituição do corpo docente e falta de clareza na viabilidade financeira. A acreditação está dependente do cumprimento de vários requisitos, como a formação do corpo clínico e docente e a criação de um centro de simulação.
O ministro da Educação, Fernando Alexandre, aplaudiu a decisão, mas instou a universidade a resolver a sua crise institucional interna para garantir o bom funcionamento do curso.
Os defensores da medida, como a Associação Nacional de Estudantes de Medicina, acreditam que o novo curso poderá "aliviar" as faculdades de medicina sobrelotadas. Este desenvolvimento reflete a vontade política de expandir a formação médica para combater a escassez de médicos, especialmente no interior, mas também acentua o debate sobre a qualidade e os padrões do ensino da medicina em Portugal.














