Este desempenho coloca-os numa zona de risco para futuras dificuldades na compreensão de textos e, consequentemente, em todo o seu percurso académico. O Ministério da Educação sublinhou a importância de uma identificação precoce destas lacunas para que as escolas possam intervir de forma célere e direcionada.

Os dados revelam ainda algumas disparidades, com os rapazes a apresentarem resultados médios ligeiramente superiores aos das raparigas e os alunos do ensino privado a obterem um melhor desempenho.

Associações de professores defendem que a escola, por si só, não consegue responder a estas dificuldades, argumentando que uma “boa bagagem vocabular” trazida do ambiente familiar é um fator decisivo para uma aprendizagem mais fácil da leitura. Os resultados desta avaliação em larga escala fornecem um retrato detalhado que servirá de base para a implementação de novas políticas e estratégias pedagógicas, colocando uma pressão acrescida sobre os docentes dos anos seguintes, que terão de lidar com turmas heterogéneas e tentar recuperar os alunos com maiores dificuldades.