A medida, que inclui particularidades para cursos como Medicina e Educação Básica, é vista com apreensão pelas instituições do interior, que temem um impacto desproporcional. A proposta do governo permite que as instituições de ensino superior aumentem as suas vagas iniciais em até 10% em comparação com o ano anterior. Embora o objetivo seja expandir o acesso ao ensino superior, o Conselho de Presidentes dos Institutos Politécnicos (CCISP) alerta que a medida poderá "prejudicar de forma desproporcionada as instituições do interior e das regiões periféricas". A preocupação reside no facto de as universidades maiores e mais estabelecidas das cidades litorais poderem absorver a maioria dos potenciais estudantes, agravando ainda mais os desequilíbrios demográficos regionais e enfraquecendo o papel dos politécnicos como pilares do desenvolvimento regional.

Os artigos mencionam que áreas específicas como Medicina, competências digitais e Educação Básica têm regras distintas dentro desta proposta, sugerindo uma abordagem direcionada para responder a necessidades específicas do mercado de trabalho. No entanto, o receio geral entre os politécnicos é que um aumento generalizado de vagas, sem considerar as especificidades regionais e as diversas missões de universidades e politécnicos, possa levar a uma concentração de estudantes e recursos nas áreas metropolitanas. Este debate evidencia a tensão contínua entre a política nacional de educação e as necessidades de desenvolvimento regional.