A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) enfrenta uma polémica em torno do seu concurso especial de acesso, pretendendo agora integrar 30 candidatos que foram inicialmente rejeitados. A instituição anunciou também a intenção de eliminar a controversa prova de conhecimentos para futuras edições do concurso. A controvérsia surgiu quando 30 candidatos ao Concurso Especial para o Mestrado em Medicina foram informados da sua admissão, para depois descobrirem que não tinham sido aceites por falta de homologação do reitor. O diretor da FMUP descreveu a situação como "muito desagradável" e manifestou a sua intenção de tentar integrar os candidatos afetados que ainda o desejem.
Em resposta à polémica e à ação judicial movida pela maioria dos 30 candidatos, a faculdade está a avançar com uma reforma do processo de admissão.
Uma alteração fundamental proposta é a eliminação da prova de conhecimentos. O novo regulamento, que será submetido a consulta pública, propõe novos critérios, como a exigência de uma média de secundário de, pelo menos, 14 valores, notas nos exames de acesso superiores a 14 ou uma média de licenciatura superior a 14. Esta mudança indica uma transição para uma avaliação mais holística, baseada no desempenho académico anterior, em vez de um único exame de elevado risco. A situação evidencia as complexidades e pressões das admissões às faculdades de medicina, uma área altamente competitiva em Portugal.
Em resumoA Faculdade de Medicina do Porto procura resolver uma polémica no seu concurso especial de acesso, propondo-se a integrar 30 candidatos indevidamente rejeitados. Em resposta, a faculdade planeia reformular o processo de admissão, eliminando a prova de conhecimentos e focando-se em critérios de mérito académico prévio.