A paralisação, que registou uma adesão global estimada entre 60% e 80%, confirmou a educação como um dos setores mais afetados e mobilizados.

De norte a sul, incluindo em cidades como Porto e Beja, muitas escolas fecharam por completo, deixando milhares de alunos sem aulas e causando constrangimentos a inúmeras famílias.

A FNE justificou a sua participação na greve como uma resposta necessária às propostas do Governo para a revisão da legislação laboral, que considera representarem “um retrocesso profundo nos direitos laborais e sociais”. Este protesto não é um evento isolado, mas sim mais um capítulo na longa história de contestação dos sindicatos da educação, que lutam por melhores salários, progressão na carreira, condições de trabalho dignas e o fim da precariedade. O encerramento massivo de estabelecimentos de ensino serviu como uma demonstração de força e união do setor, enviando uma mensagem clara ao poder político sobre a urgência de negociar e atender às suas reivindicações.

A greve expôs, mais uma vez, a fragilidade do sistema educativo e o mal-estar crónico dos seus profissionais, cujo trabalho é essencial para o funcionamento da sociedade.