A justificação oficial para a recusa reside no facto de a distância entre a residência e a escola ser inferior ao limiar de 70 quilómetros estipulado na lei. No entanto, a controvérsia intensificou-se devido a alegações de falhas e falta de transparência no método de cálculo. Vários professores relatam que as suas candidaturas foram rejeitadas por diferenças de poucas centenas de metros, levantando dúvidas sobre a precisão e a justiça do sistema utilizado, que, segundo a lei, deve considerar "o percurso mais próximo por estrada". A situação levou os sindicatos a exigir que o Ministério da Educação divulgue o sistema de validação dos trajetos.
Para agravar o problema, alguns docentes nem sequer conseguiram submeter a candidatura devido a falhas na plataforma informática.
Em resposta à crescente insatisfação, o Ministério da Educação garantiu que irá avaliar as reclamações e que, caso se verifique que os professores têm razão, "o resultado é alterado". Esta questão surge num contexto de crescente dificuldade para a classe docente, que enfrenta não só os desafios da colocação em regiões distantes, mas também uma crise habitacional que agrava os custos de vida, tornando este subsídio essencial para a sua estabilidade financeira e profissional.














