As escolas de condução em Portugal alertam para uma escalada de tentativas de fraude nos exames teóricos, com recurso a métodos cada vez mais sofisticados. A associação do setor pede alterações à lei para combater uma prática que compromete a segurança rodoviária e a integridade do sistema de avaliação. A preocupação, manifestada pela Associação de Escolas de Condução, centra-se na crescente frequência e engenhosidade dos métodos utilizados para contornar as regras do exame de código. As fraudes mais comuns incluem o recurso a "duplos", onde uma pessoa se faz passar pelo candidato, e a utilização de tecnologia como telemóveis e "auriculares" escondidos para receber ajuda externa durante a prova.
Esta tendência não é apenas um problema de desonestidade académica, mas representa uma ameaça direta à segurança pública. Um condutor que obtém a carta de condução de forma fraudulenta não possui, à partida, os conhecimentos teóricos essenciais sobre as regras de trânsito, sinalização e comportamento defensivo, tornando-se um potencial perigo nas estradas.
A associação do setor argumenta que o enquadramento legal atual é insuficiente para dissuadir e punir eficazmente estas práticas, defendendo uma revisão da lei.
O fenómeno reflete um desafio mais amplo que a tecnologia coloca aos sistemas de avaliação tradicionais, exigindo uma vigilância constante e a adaptação dos métodos de fiscalização para garantir a credibilidade das qualificações e, neste caso específico, a segurança de todos os utentes da via pública.
Em resumoAssiste-se a um aumento de fraudes nos exames de condução, com candidatos a recorrerem a duplos e tecnologia escondida para passar na prova teórica. A associação que representa as escolas de condução manifestou a sua preocupação e pediu uma revisão da lei para travar uma prática que ameaça a segurança rodoviária.