A esmagadora maioria dos inquiridos não só reconhece a discriminação em várias áreas, como apoia ativamente o reforço de medidas de inclusão, admitindo mesmo a possibilidade de pagar mais impostos para financiar novos apoios.

Esta exigência da sociedade por uma maior equidade colide com a realidade descrita noutros artigos, que reportam um "círculo vicioso" para os jovens com deficiência.

Estes enfrentam dificuldades que vão desde exames de admissão não adaptados e edifícios inacessíveis até lacunas na comunicação institucional. A perceção pública de que é necessário mais investimento na educação inclusiva está, assim, alinhada com as carências identificadas no terreno por diretores e professores, que lutam com a falta de recursos e pessoal especializado. O estudo revela ainda que, apesar do forte apoio a medidas de inclusão, persistem alguns preconceitos, nomeadamente em relação ao reconhecimento de direitos como a autodeterminação e o voto para pessoas com deficiência intelectual, indicando que o caminho para uma inclusão plena é tanto estrutural como cultural.