Estas fragilidades afetam desproporcionalmente os alunos de meios socioeconómicos mais desfavorecidos e os de nacionalidade estrangeira.
A análise do CNE, amplamente noticiada, pinta um retrato complexo do sistema educativo.
Por um lado, regista-se um aumento no número de alunos e uma maior diversidade cultural nas salas de aula, com um crescimento de 22% no número de estudantes estrangeiros inscritos.
No entanto, o relatório sublinha que nem todos concluem as aprendizagens com o mesmo êxito.
As desigualdades persistem e manifestam-se de forma clara nos resultados académicos. Segundo os dados, as 'taxas de conclusão no tempo esperado das crianças e jovens oriundos de famílias e/ou de meios mais fragilizados' continuam a ser mais baixas. O artigo `d47d4895-110a-4efb-aec6-e1e5e6ad21c3` especifica que, de 100 alunos com o escalão máximo de apoio social (ASE A) que concluem o 3.º ciclo, 26 já reprovaram pelo menos uma vez.
No ensino secundário, a disparidade é ainda mais acentuada: 64% destes estudantes concluem os cursos no tempo previsto, um valor 16 pontos percentuais inferior ao dos colegas sem apoio social.
O CNE adverte que 'subsiste o desafio de garantir oportunidades equitativas para todos' e apela ao fomento de competências como o pensamento crítico e a resolução de problemas para preparar os jovens para o futuro. Apesar de reconhecer um 'esforço de inclusão', o conselho considera que este ainda 'não é suficiente', o que evidencia uma falha estrutural do sistema em garantir uma verdadeira equidade.














