As condições de trabalho são um fator central neste descontentamento. Um inquérito realizado a 1257 professores expôs 'atrasos generalizados' no pagamento de apoios extraordinários à deslocação para docentes colocados a mais de 70 quilómetros da sua residência, um subsídio que, por lei, deveria ser pago com retroativos.

Esta falha administrativa, que afeta diretamente a vida financeira e pessoal dos professores, agrava a sensação de precariedade e o desgaste profissional.

A combinação entre a elevada necessidade de novos profissionais e a profunda insatisfação dos que se encontram no ativo cria um cenário alarmante para o futuro da educação em Portugal, ameaçando a qualidade do ensino e a capacidade de resposta do sistema às exigências sociais.