O CNE considera que o aumento de alunos estrangeiros 'exige mais apoios para uma educação inclusiva'.

Uma das 'fragilidades' mais críticas identificadas é a inadequada resposta às necessidades linguísticas destes estudantes.

Dados específicos revelam que a oferta de PLNM 'esteve aquém do que seria necessário', uma lacuna que compromete diretamente a integração e o sucesso académico.

A falta de professores especializados nesta área é apontada como um dos principais entraves para uma resposta eficaz.

Com nacionalidades como a ucraniana e a indiana a ultrapassarem, cada uma, os mil alunos em escolas portuguesas, a barreira linguística torna-se um obstáculo significativo não só ao desempenho escolar, mas também à integração social. Este cenário não só prejudica o percurso educativo individual destes jovens, como também alimenta as desigualdades sistémicas apontadas pelo CNE, onde os estudantes estrangeiros, a par dos mais carenciados, são os que apresentam menor sucesso escolar.

A situação exige uma ação urgente para capacitar as escolas com os recursos humanos e materiais necessários para acolher e educar eficazmente esta população estudantil crescente e diversificada.