O caso, que envolve uma investigação internacional, expõe a vulnerabilidade das crianças e levanta sérias questões sobre a confiança depositada em figuras de autoridade.

Paulo Abreu dos Santos, de 38 anos, que exerceu funções no Ministério da Justiça entre 2023 e 2024, foi detido pela Polícia Judiciária e colocado em prisão preventiva.

Segundo as notícias, o advogado foi apanhado em flagrante durante buscas à sua residência, onde foram encontrados ficheiros incriminatórios.

A investigação, que conta com a colaboração do FBI, apurou que o suspeito terá confessado perante o juiz o abuso de, pelo menos, duas crianças portuguesas com cerca de 10 anos, que poderão pertencer ao seu círculo de amizades.

A PJ está agora a tentar identificar formalmente as vítimas.

O caso teve repercussões imediatas na sua vida profissional: a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), onde era assistente convidado, suspendeu o seu contrato de trabalho, manifestando "profunda consternação". A detenção criou também um problema logístico, uma vez que o professor tinha na sua posse frequências de cerca de 50 alunos para corrigir, deixando a sua avaliação em suspenso.

A faculdade garantiu que a situação dos alunos seria acautelada.

Este caso realça a gravidade dos crimes de abuso sexual contra menores e o impacto devastador que têm não só nas vítimas, mas também nas instituições onde os suspeitos se inserem, abalando a confiança pública.