Os dados da Fenprof são alarmantes: a região de Lisboa é a mais crítica, com 5.285 horários por preencher, enquanto Setúbal se destaca como a segunda zona do país com maior défice, registando 1.975 horários vazios.
Esta realidade é corroborada por um inquérito a diretores escolares, que revelou que quase 40% dos agrupamentos escolares terminaram o período com pelo menos uma turma sem professor e que, em muitos casos, há disciplinas sem docente atribuído desde o início do ano letivo, em setembro.
A crise não é apenas quantitativa, mas também qualitativa, impactando diretamente a qualidade do ensino e a equidade no acesso à educação.
A contínua dificuldade em recrutar e reter profissionais na carreira docente aponta para a necessidade de reformas urgentes nas condições de trabalho, remuneração e progressão na carreira, de modo a tornar a profissão mais atrativa e a garantir que nenhum aluno seja deixado para trás por ausência de um professor na sala de aula.














