Em tribunal, Paulo Abreu dos Santos confessou os abusos diretos sobre duas crianças, alegando que as restantes imagens em sua posse não foram produzidas por si, mas sim partilhadas por outros.

A Procuradoria-Geral da República justificou a medida de coação de prisão preventiva com o "risco de continuação da atividade criminosa e de ocultação de provas", bem como o perigo de "perturbação grave da ordem e da tranquilidade pública". O caso teve repercussões imediatas na sua vida profissional: a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa suspendeu o seu contrato de assistente convidado e está a tomar medidas para acautelar a avaliação dos alunos cujos exames estavam em posse do docente. A Polícia Judiciária prossegue as investigações para tentar identificar as vítimas e eventuais cúmplices, num caso que expõe a vulnerabilidade das crianças e a necessidade de vigilância, mesmo em círculos de confiança.