As declarações suscitaram críticas generalizadas, levando o ministro a emitir esclarecimentos e a negar qualquer intenção de culpar os alunos pela degradação dos edifícios.
Durante a apresentação do novo modelo de ação social para o ensino superior, o ministro defendeu que as residências públicas deveriam acolher estudantes de vários estratos sociais para garantir a sua manutenção, uma vez que, na sua perspetiva, os serviços tendem a degradar-se quando utilizados exclusivamente pelos mais pobres. A reação foi imediata, com vários setores da sociedade a acusarem o governante de estigmatizar os estudantes bolseiros e de revelar desconhecimento da realidade.
Confrontado com a polémica, Fernando Alexandre veio a público afirmar que as suas palavras foram descontextualizadas, garantindo ser "totalmente falso que tenha dito que estudantes com rendimentos mais baixos degradam os serviços".
No seu esclarecimento, apontou antes para as consequências da "gestão negligenciada" e da falta de investimento como as verdadeiras causas da degradação.
O episódio, no entanto, marcou o debate público, levantando questões sobre a visão do Governo para a ação social e a sensibilidade necessária para abordar temas de desigualdade no acesso à educação.














