A situação evidencia os desafios persistentes que o sistema educativo enfrenta para reter os jovens e garantir a conclusão dos seus percursos formativos.
De acordo com o gabinete de estatísticas europeu, 16,8% dos jovens em Portugal, na faixa etária dos 15 aos 34 anos, abandonaram a educação formal ou a formação profissional pelo menos uma vez.
Este valor situa Portugal em 11.º lugar no ranking dos países com maior abandono, e consideravelmente acima da média comunitária, que se fixa nos 14%.
O relatório aponta que a principal razão para o abandono a nível europeu é a inadequação dos programas às expectativas dos estudantes (42,6%), seguida por motivos familiares e a preferência pelo mercado de trabalho.
Embora as dificuldades financeiras representem uma percentagem menor dos casos, a combinação destes fatores cria um ambiente propício à desistência.
Estes números representam um sério alerta para os decisores políticos e para a comunidade educativa, indicando a necessidade de estratégias mais eficazes de orientação vocacional, apoio psicopedagógico e flexibilização dos percursos educativos para responder melhor às necessidades e aspirações dos jovens.














