A notícia do despedimento coletivo foi recebida pelos trabalhadores e pelo SJ na sexta-feira, 25 de julho. O sindicato descreveu a situação como “dramática”, apontando para uma “postura incompreensível e intolerável” por parte do administrador de insolvência da empresa. O aspeto mais insólito do processo foi o pedido feito aos trabalhadores para que “continuassem a trabalhar sem receber”, com o objetivo de “manter vivos os títulos” até à liquidação do grupo, evitando assim a sua desvalorização. Esta solicitação surge num contexto em que os jornalistas e restantes funcionários já não recebiam salários desde o mês de junho. A convicção expressa era de que, mantendo as publicações ativas, as revistas não perderiam valor de mercado e poderiam ter um futuro assegurado. O Sindicato dos Jornalistas, no entanto, condenou veementemente a proposta, que coloca sobre os trabalhadores o ónus de manter a empresa a funcionar sem qualquer garantia de remuneração.
