Nascido em 1936, Mahler iniciou a sua carreira como advogado, defendendo figuras de renome da esquerda alemã. Em 1970, foi um dos fundadores da RAF, juntamente com Andreas Baader e Ulrike Meinhof. Após receber treino de grupos armados palestinianos na Jordânia, foi preso e condenado por assaltos e pela tentativa de libertar Baader da prisão. Durante o seu tempo na prisão, distanciou-se da RAF e, após ser libertado em 1980, voltou a exercer advocacia. A sua trajetória sofreu uma viragem ideológica drástica na década de 1990, quando começou a adotar posições conservadoras, nacionalistas e, posteriormente, abertamente neonazis e antissemitas. Mahler chegou a ser membro do partido neonazi Partido Nacional Democrático da Alemanha (NPD), mas abandonou-o por o considerar “demasiado moderado”. Desde então, foi repetidamente condenado por crimes como incitação ao ódio racial, negação do Holocausto e por fazer a saudação nazi. Em 2017, tentou evitar o cumprimento de uma pena fugindo para a Hungria, onde pediu asilo político, mas foi devolvido às autoridades alemãs. A notícia da sua morte foi confirmada pelo seu advogado.
