Esta justificação, vinda a público num momento de escrutínio sobre a relação entre os dois, foi recebida com ceticismo e surpresa.
Confrontado por jornalistas sobre a sua longa amizade com Epstein, Trump detalhou que o ponto de rutura ocorreu quando Epstein começou a contratar funcionárias do spa do seu clube Mar-a-Lago, na Flórida. "Eu disse, ouçam, não queremos que levem o nosso pessoal", afirmou Trump, acrescentando que, após a reincidência, baniu Epstein do clube.
A justificação é considerada bizarra por desviar o foco dos crimes sexuais de Epstein, pelos quais era amplamente conhecido, para uma questão laboral comparativamente trivial. A explicação de Trump ignora a gravidade das acusações de tráfico sexual de menores que já pesavam sobre Epstein, sugerindo que o motivo do afastamento foi uma disputa por pessoal e não uma objeção moral aos seus atos criminosos. Esta narrativa surge numa altura em que a ligação de Trump a Epstein está sob intenso escrutínio público, com o próprio Trump a negar conhecimento ou envolvimento nos crimes do magnata.
A natureza insólita da justificação foi vista por muitos como uma tentativa de minimizar a sua associação com Epstein, mas acabou por gerar mais perguntas e controvérsia, por parecer uma desculpa implausível e moralmente desproporcionada face à gravidade do caso.