A grávida, Soraia, com 40 semanas e cinco dias de gestação, começou a sentir contrações e a sua mãe, Isabel Moreira, contactou a linha SNS 24. A resposta, segundo a mãe, foi desanimadora: “Liguei para a linha da Saúde 24 para mandarem uma ambulância, mandaram-nos ir de carro”. Uma chamada posterior para o 112 também se revelou infrutífera, com a mãe a relatar que demoraram a atender e falaram em inglês.

Sem assistência médica a caminho, o parto ocorreu num passeio da cidade, onde os avós trouxeram ao mundo a neta, Serena.

O momento contou com a ajuda de populares, lojistas e, providencialmente, de uma enfermeira e um médico que se encontravam nas proximidades e prestaram os primeiros cuidados. Mãe e filha foram posteriormente transportadas de ambulância para o Hospital de Santarém, encontrando-se bem de saúde. O incidente realça um problema sistémico, com um dos artigos a referir que, em 2025, já nasceram 48 bebés em ambulâncias dos bombeiros, um número atribuído aos encerramentos sucessivos de várias urgências de obstetrícia.

A mãe da parturiente lamentou o sucedido, afirmando: “Acho inadmissível que situações destas aconteçam.

No caso da minha filha e da minha neta correu bem, mas podia ter corrido mal”.