A situação surreal levou o jornal a questionar os CTT, que forneceram uma explicação igualmente bizarra para o sucedido.

Segundo a empresa, os jornais estiveram abandonados durante décadas numa caixa de correio de uma casa de férias no Algarve, que só recentemente foi desativada. Após a desativação, o conteúdo da caixa foi recolhido e os dois exemplares do Diário de Coimbra foram encaminhados para avaliação, com o intuito de serem possivelmente incluídos em leilões de refugos postais, uma prática comum para correspondência não reclamada. No entanto, por engano, em vez de seguirem para leilão, os jornais foram reintroduzidos no circuito de distribuição e finalmente entregues ao remetente, quase três décadas depois da sua publicação.

O caso, embora resolvido com uma explicação, destaca-se pela sua excentricidade e levanta questões sobre os processos internos dos CTT para lidar com correspondência perdida ou esquecida.

A devolução tardia transformou-se numa notícia caricata, servindo como uma cápsula do tempo inesperada para a própria redação do jornal.