Perante a aproximação das chamas, o seu principal objetivo foi salvar os animais.
"Fiz tudo o que foi possível para os enxotar, até pedras mandei, para fugirem para cima, para a zona das eólicas", contou à agência Lusa.
O seu esforço foi maioritariamente bem-sucedido, mas um dos animais, "que é mais pequenino", recusou-se a abandoná-lo, permanecendo com ele na sua carrinha.
Para além dos veados, Valter Martins também conseguiu retirar os seus porcos e cães para um local seguro em Serpins. A sua própria casa, uma estrutura improvisada a partir da galera de um camião, também foi esvaziada, com os seus bens a serem transportados para a casa de um amigo na Lousã. Este relato pessoal e comovente oferece uma perspetiva diferente sobre o impacto dos incêndios, focando-se não apenas na destruição da floresta e das habitações, mas também nos laços afetivos e nas decisões difíceis que os residentes são forçados a tomar para proteger aqueles que dependem de si, sejam eles humanos ou animais.














